Um espaço para harmonizar música brasileira com bons drinques. dicas @paulacalcade e arte @zaraveasey

Letrux + Negroni

Letrux (@leticialetrux) não é leviana. É direta, sincera, completíssima para uma noite dançante, cheia de afeto, mas também com fossa, briga e desabafo. “Letrux em Noite de Climão” é o álbum de estreia da cantora carioca. E para uma boa estreia entre as bebidas amargas, porém cheias de sabor, que tal um Negroni? O drinque italiano classudo a base de Campari vai muito bem como aperitivo. E dá para pedir pronto no conforto do seu lar!

Tropicália + Caju Amigo

Com capa icônica, o álbum de 1968 "Tropicalia ou Panis Et Circense" reúne Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, Nara Leão, Os Mutantes e Tom Zé, acompanhados dos poetas Capinam e Torquato Neto, e do maestro Rogério Duprat. É um marco do tropicalismo e exalta um encontro entre os melhores do país. O drinque "Caju Amigo" valoriza também uma fruta 100% Brasil, o caju com sua calda e vodca. Harmonização perfeita, não? Esse disco não tem no Spotify, então deixamos uma playlist no link da bio. Aproveite e saúde ao som e gosto cheio de brasilidades!

Seu Jorge + Whisky

Seu Jorge (@seujorge) mexe com a gente, mesmo. É amor, paixão, admiração, sei lá... É que o rapaz canta, toca, interpreta e até faz tricô (@novelodeanjo) bem feito. Lançou, em 2005, "The Life Aquatic Studio Sessions", com músicas de David Bowie (@davidbowie) em português. E não somos as únicas a apreciar o talento dele. O próprio Bowie ouviu, amou e disse: “Se Seu Jorge não tivesse gravado minhas canções acusticamente em português, eu nunca teria ouvido esse novo grau de beleza que ele conseguiu adicionar a elas”.

Bethânia + Vinho do Porto

"Toca Bethânia, mostra que tu é intenso”, já disse a protagonista Clara (@insonbra) ao sobrinho no filme “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho (@kleber_mendonca_filho). E nada mais intenso e encorpado que um Vinho do Porto. Um vinho licoroso, produzido especificamente na região do Douro, no norte de Portugal. Não é brasileiro, mas a gente ama como se fosse! O Porto Vintage é feito com uvas excepcionais colhidas em um ano específico. Envelhece muito bem, pode deixar bem bonito no seu bar. Gostamos dessas palavras! Até arrepia, sentiu isso também?

Cazuza + Cerveja

Uma cerveja escura ouvindo Cazuza, faz sentido para vocês também? O menino do Rio provou mil vezes que o rock é brasileiro. Sua música fala do nosso tempo, da nossa juventude, é um descolado perdido no tempo. É sempre vanguarda. O disco “Ideologia”, de 1988, mais precisamente “Blues da Piedade”, canta tudo isso. E cerveja artesanal é também muito brasileira, quanto mais amarga, melhor, cá entre nós. A Caatinga Rocks (@caatingarocks), cervejaria de Maceió, reforça as características regionais em suas cervejas. É pura reinvenção e ressignificação. Puro Brasil! A cerveja “Zumbi Republic” não foi feita ao som de Cazuza, mas tem tudo a ver, por que não?